quinta-feira, 24 de abril de 2014

MOSTRA CONQUISTA LITERÁRIA HOMENAGEIA O POETA: CAMILO DE JESUS LIMA



A mostra acontecerá nos dias 16 e 17 de maio do ano em curso no Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima em Vitoria da Conquista, homenageando o grande poeta: Camilo de Jesus Lima - Filho de Francisco Fagundes de Lima e D. Esther Fagundes da Silva, Nasceu na cidade de Caetité – Bahia, no dia 08 de Setembro de 1912 e falece no dia 28 de Fevereiro 1975 em Itapetinga, atropelado por um ônibus nas proximidades do Parque de Exposições.

Poeta: Camilo em Salvador

Tornando-se tabelião ("oficial de registro de imóveis e hipotecas"), mora em Vitória da Conquista, Macarani e Itapetinga. Talentoso, desdobra-se em jornalista, escritor, professor, deixando extensa obra literária, do romance ao conto, mas é na poesia que se consagra, já em 1942, com o livro Poemas, recebedor do Prêmio Raul de Leoni da Academia Carioca de Letras (edição de "O Combate", que publicou quatro de seus livros).
Também publicou: As Trevas da Noite Estão Passando ("O Combate", em colaboração com Laudionor Brasil, poemas, 1941); Viola Quebrada ("O Combate", poesia, 1945); Novos Poemas ("O Combate", id., ib.); Cantigas da Tarde Nevoenta ("Edição de Artes Gráficas - Salvador", poesia); Memórias do Professor Mamede Campos (romance); A Mão Nevada e Fria da Saudade ("Edições MAR", poesia), A Bruxa do Fogão Encerado (contos); Vícios (contos); Bonecos (Perfis); O Livro de Miriam (Poesia, 1973, impresso na gráfica de "O Jornal de Conquista" para "edições MAR"); Cancioneiro do Vira-mundo (Poesia), e outros tantos escritos, publicados em todo o país, muitos ainda inéditos.
Mesmo longe dos centros culturais do país, Camillo fervilha com a pena na mão. Sua poesia plena de lirismo cativa, e tem em Vitória da Conquista, num tempo onde surgem Glauber Rocha, Elomar e outros, um meio artístico incomum, que, por produzir pensamentos, provocou reação junto àqueles para quem o pensar e a palavra eram armas perigosas, a ser combatidas


ATENÇÃO ESCRITORES:
CHAMADA:

Levando-se em conta que a literatura, sobretudo a dita “oficial”, é mensurada, qualificada e avaliada pelos crivos das editoras, dos concursos e das chancelas acadêmicas, a Mostra Conquista Literária convida escritores de Vitória da Conquista e região que, pelos mais diversos recursos, tenham obras publicadas nos mais diferentes formatos (impresso - artesanalmente ou em gráfica profissional - ou digital – no caso e-book). Não haverá curadoria nem critérios restritivos quanto ao conteúdo, estilo ou selo da publicação.


Por outro lado, também convida-se escritores conquistenses e da região que tenham obras já publicadas, por meios oficiais – editoras, concursos, etc – para participar da programação, expor suas obras e falar sobre elas.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

A IGREJA EVANGÉLICA NACIONAL RESTAURAR ESTARÁ REALIZANDO CHÁ PARA MULHERES EM ITAPETINGA



A Igreja: Nacional Restaurar – Rua Antonio de Castro Matos, Bairro: Vila Izabel, estará realizando nos dias 03 e 04 de Maio de 2014, às 19h, CHÁ PARA MULHERES, COMO O TEMA: CARACTERÍSTICA DE UMA MULHER SABIA, para mulheres, (casadas, jovens e adolescentes) onde visamos o ensinamento da palavra de Deus, para as mulheres, pois tem sido alvo de grande exposição na mídia. O chá será ministrado pela Pastora: Lucildalva Bezerra Santos, contamos a participação de todas as mulheres e cremos que sua vida, família, relacionamento e ministério não serão os mesmos em nome de Jesus.  

Lucildalva Bezerra Santos
Pastora e Ministrante do Chá de Mulheres 


ESCRITOR GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ MORRE AOS 87 ANOS

Gabriel García Márquez - Foto: Divulgação

Autor colombiano ficou internado com infecção respiratória e pnemonia.
Ele escreveu 'Cem anos de solidão' e 'O amor nos tempos do cólera'.


Morreu o escritor colombiano Gabriel García Márquez, aos 87 anos, informou o perfil oficial do autor no Facebook nesta quinta-feira (17). A notícia foi confirmada por uma fonte próxima ao escritor, à agência Associated Press. Ele ficou internado com pneumonia e infecção respiratória na Cidade do México, onde morava, entre o fim de março e início de abril. Ele estava em casa e lutava contra um câncer linfático desde 1999.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

PRIMEIRA CRUZADA EVANGELISTICA: CRISTO AQUELE QUE CURA SERÁ REALIZADA EM ITAPETINGA


Nos dias 12 e 13 de Abril do ano em curso. a partir das 19h na Igreja: Evangélica Nacional Restaurar do (Pastor Pierry Silva de Matos), Rua Antonio C. Matos – Vila Isabel, será realizada: A Primeira Cruzada EvangelistIca: Cristo Aquele que Cura, com a Ministração: Pastor Paulo Bahia (Pr. da Igreja Verbo da Vida e Professor da Escola de Ministro do Rhema Brasil em Vitoria da Conquista e do Ministro Diogo Luz (Ministro da Igreja Verbo da Vida – Vitoria da Conquista).


Pastor Paulo Bahia
Ministro Diogo Luz e Pr. Pierry 

PROGRAMAÇÃO:

SÁBADO
Dia 12/04/2014: Ministração: Ministro Diogo Luz (Ministro da Igreja Verbo da Vida – Vitoria da Conquista).
Horário: 19h

DOMINGO
Dia 13/ 04/2014: Ministração: Pastor Paulo Bahia (Pr. da Igreja Verbo da Vida e Professor da Escola de Ministro do Rhema Brasil em Vitoria da Conquista
Horário: 19h

     

terça-feira, 8 de abril de 2014

O CALIBRAS ESTARÁ REALIZANDO EM ITAPETINGA O CURSO DE EXTENSÃO EM LIBRAS


O Centro de Aprendizagem em Língua Brasileira de Sinais, o Calibras, em parceria com o Projeto de Extensão “Libras: o idioma que se vê”, está com inscrições abertas para a nova turma do curso de extensão em Libras. As atividades do projeto serão desenvolvidas no campus de Itapetinga, com um encontro semanal, das 14 às 17 horas, às quartas-feiras. As vagas são limitadas, disponíveis tanto para os alunos e funcionários da Universidade, como para a comunidade externa.

O projeto tem a intenção de abordar e aplicar algumas formas através das quais a sociedade define as identidades consideradas “normais” e as “anormais”, acabando, geralmente, por oprimir um grupo em benefício de outro, pelo uso arbitrário dos poderes e saberes que nela se enfrentam. O curso destacará a situação dos surdos, grupo que tem sido definido socialmente como deficiente, e busca reafirmar o movimento que reconstitui a experiência da surdez como um traço cultural, tendo a língua de sinais como elemento significante para esta definição.


As ações do projeto na Universidade têm como objetivo contribuir para o desenvolvimento de pesquisas no âmbito da educação, força política, direitos humanos e sócio-econômicos do sujeito surdo. O curso terá início no dia 21 de maio, com carga horária de 60 horas e, para se inscrever, os interessados deverão preencher a ficha de inscrição e encaminhar para o e-mail calibras@uesb.edu.br.


Por Mellina Montanha
Assessoria de Comunicação

sábado, 5 de abril de 2014

O ITAPETINGUENSE, DEPUTADO CONSTITUINTE, OCTÁVIO LACERDA ROLIM; FINALMENTE, 50 ANOS DEPOIS, O PAÍS DEVOLVE O SEU MANDATO, SUBTRAÍDO EM 1964.


No último dia 31 de março de 2014, por iniciativa do Deputado Galo, o mandato de Deputado Estadual do Itapetinguense Octavio Lacerda Rolim foi restituído, in memoriam, aos seus familiares. A diplomação de Rolim ocorreu em sessão solene, no salão nobre Juthay Magalhães Junior, na Assembléia Legislativa do Estado da Bahia e a entrega do diploma foi realizada pelo Governador Jacques Wagner e pelo Presidente da AL, Deputado Marcelo Nilo, aos filhos Aloisio Rolim e Carlos Rolim, que representaram a Sra. Lourdes Pithon Rolim, viúva de Octavio e os demais familiares.

FAMILIARES DO NOSSO SAUDOSO, COLABORADOR, E DEPUTADO CONSTITUINTE OCTÁVIO LACERDA ROLIM, RECEBENDO AS HONRARIAS DO MANDATO DE VOLTA, E AS DESCULPAS.

Rolim participou ativamente da história política de Itapetinga, desde a época que a cidade era Distrito de Itambé, tendo sido uma das mais importantes figuras políticas do sudoeste da Bahia.
Sempre se pautou nos cenários municipal, estadual e federal, pelo povo e para o povo, defendendo os pobres e operários das elites. Em 1964, nos ardentes anos da Ditadura Militar, Rolim foi perseguido, preso por motivos políticos e teve seus direitos cassados pelos militares que, àquela época, governavam o País, após aplicarem o Golpe de Estado que e depôs o Presidente João Goulart.
Para Joaquim Rolim Ferraz, neto de Rolim, a restituição do mandato de deputado, após 50 anos, ainda que tardiamente, faz justiça aos seus familiares, Carlos, Deise, Maria Aparecida, Aloisio, Paulo e Lourdes Rolim, comprovando que a Justiça não falha aos justos homens de bem, que lutam por seus ideais, como foi a vida de Octavio Lacerda Rolim


Fonte do Blog: 
sudoestehoje


VEJA MAIS SOBRE A VIDA OCTÁVIO ROLIM


Rolim é, antes de tudo, referência pela liderança que foi, pela habilidade e honradez com que exerceu a política, pela coragem e destemor, enfim, por sua paixão pelos pobres e não pela pobreza, o que o levou a lutar incansavelmente pelo fim dessa triste realidade em nossa querida Itapetinga.

Um homem de notável coragem, um baluarte da moralidade, probidade, competência e ética na vida pública e privada, enfim, um líder que arrebatou a sua geração e cujos ideais de vida e trajetória inspiram a todos nós. Esse é Octávio Lacerda Rolim, paraibano destemido, filho de Bonito de Santa Fé, sertão da Paraíba, num dia certamente abençoado, 23.05.1915.
Rolim cursou o colégio primário em Bonito de Santa Fé e o 'ginasial' em Cajazeiras, principal cidade da região. Anos mais tarde, em razão de dificuldades diversas, Rolim e seus irmãos se mudaram para Salvador, onde passou a estudar o curso profissionalizante de Farmácia. Em Salvador, também trabalhou como balconista do 'Armazém Rio Vermelho', tendo se mudado posteriormente para Poções-Ba, onde instalou uma farmácia, e depois para Itapetinga, inaugurando a 'Farmácia Sudoeste'. Em Itapetinga, Rolim foi também oficial de Registro de Imóveis e Hipotecas da Comarca da Cidade; delegado escolar; Presidente da Sociedade dos Artífices e Operários; Presidente e sócio do Rotary Club; sócio e fundador da Santa Casa de Misericórdia Cristo Redentor e sócio fundador do Ginásio Alfredo Dutra.
O grande legado de Octávio Rolim, fundamental nos lamentáveis tempos que vivemos, foi a sua intocável vida pública, devotada àqueles que mais carentes da atenção do poder público e da sociedade, pioneiro numa época em que sequer se falava no conceito de 'dignidade da pessoa humana'. Política para servir e não para dela se servir. É isso que devemos aprender com Rolim, que foi Vereador em Itambé (quando Itapetinga não era emancipada) e depois Deputado Estadual, eleito como suplente em 1955 e chegando a assumir o mandato.
Em 1958, Rolim disputou o cargo de Prefeito de Itapetinga, perdendo a eleição para José Vaz Sampaio Espinheira num escrutínio que muito provavelmente teria outro resultado se já houvesse à época algo parecido com a lisura do atual sistema eletrônico de votação. Mas perder também é da essência da política, é o outro lado da moeda, e os verdadeiros homens públicos devem saber aceitá-la e com ela crescer ainda mais.
Foi o que fez Octávio Rolim, esse líder popular de grande destaque, um homem que arrebatava o coração de multidões em seus célebres e memoráveis discursos, sempre em defesa da população mais pobre e da democracia, o que ocasionou a cassação dos seus direitos políticos e até a sua prisão durante o regime dos milicos no pós-64.
Rolim é para mim uma referência, não apenas por ser irmão da minha amada e inesquecível avó Décia, ou por considerar como filho o pai que tanto amo, José Augusto, ou mesmo pela incrível coincidência de ter casado com Lourdes, prima da minha também amada mãe, Rita. Rolim é, antes de tudo, referência pela liderança que foi, pela habilidade e honradez com que exerceu a política, pela coragem e destemor, enfim, por sua paixão pelos pobres e não pela pobreza, o que o levou a lutar incansavelmente pelo fim dessa triste realidade em nossa querida Itapetinga.
Octávio Lacerda Rolim, filho de José Pedro Rolim e Ana Lacerda Casé, deixa viúva a amável e querida Lourdes Pithon Rolim, além de muito saudosos os filhos: Carlos José, Deise Maria, Maria Aparecida, Aloísio Octávio e Paulo Márcio; numerosa família, além de infindável multidão de amigos e admiradores, a quem cabe, como têm feito, honrar a cada dia o nome e a memória deste grande e inesquecível homem, cuja história e ideais devem e merecem se imortalizar num inesquecível livro. Vá em paz e com Deus, Rolim!

* Ricardo Barretto de Andrade, filho de Itapetinga, é Internacionalista e graduando em Direito pela Universidade Federal da Bahia.

MORRE AOS 66 ANOS O ATOR JOSÉ WILKER

Conhecido por trabalhos como 'Roque Santeiro', ele sofreu um infarto.
Última participação em novelas foi em 2013, em 'Amor à vida'.

O ator e diretor José Wilker morreu, aos 66 anos, na madrugada deste sábado (5) no Rio. Ele sofreu um infarto. Wilker ficou conhecido por trabalhos marcantes em novelas como "Roque Santeiro", em que interpretou o personagem-título, e "Senhora do destino", em que interpretou o bicheiro Giovanni Improtta. No cinema, fez filmes como "Bye bye Brasil" e viveu o Vadinho de "Dona Flor e seus dois maridos".
Wilker morreu no apartamento da namorada, Claudia Montenegro, em Ipanema, Zona Sul. Segundo o produtor e amigo Cláudio Rangel, o velório está previsto para começar por volta das 23h deste sábado, de acordo com a liberação do corpo, e seguirá até as 15h de domingo (6), aberto ao público. Até as 16h40, o local do enterro ainda não havia sido definido.
Sua última participação em novelas foi em 2013, em "Amor à vida", de Walcyr Carrasco, no papel do médico Herbert. Em 2012, ele foi o coronel Jesuíno no remake de "Gabriela", baseada no livro "Gabriela Cravo e Canela", de Jorge Amado. Na versão original, exibida em 1975, havia feito Mundinho Falcão. Na TV Globo, participou de quase 30 novelas.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

A ACADEMIA CONQUISTENSE DE LETRAS (ACL) E A ACADEMIA DE CULTURA DA BAHIA (ACB) CONVIDAM PARA A PALESTRA DA ESCRITORA CONQUISTENSE ELIANE QUADROS GUSMÃO!


A Academia Conquistense de Letras (ACL) e a Academia de Cultura da Bahia (ACB) convidam para a palestra da escritora conquistense ELIANE QUADROS GUSMÃO, psicóloga, profª. universitária aposentada (UESB/UNEB) sobre Inteligência Emocional e Coaching que também fará exposição de fotos de sua autoria sobre Salvador em homenagem aos 465 anos de nossa Capital, ocasião em que o escritor e cantor lírico BENJAMIN BATISTA autografará a Revista da Academia de Cultura da Bahia e, acompanhado do talentoso artista conquistense, André Cairo (que receberá diploma Honra ao Mérito da ACB na ocasião) apresentará recital lírico com quatro canções clássicas brasileiras, espanholas e italianas.

terça-feira, 1 de abril de 2014

02 DE ABRIL DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL

Hans Christian e um de seus principais personagens – O Patinho Feio

A literatura infantil surgiu no século XVII, no intuito de educar as crianças moralmente.

Em homenagem ao escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, foi criado o dia internacional do livro infantil, que é comemorado na data de seu nascimento, 02 de abril; em virtude das inúmeras histórias criadas por ele.

Dentre as mais conhecidas mundialmente estão “O Patinho Feio”, “O Soldadinho de Chumbo”, “A Pequena Sereia” e “As Roupas Novas do Imperador”.

A data é conhecida e comemorada mundialmente, em mais de sessenta países, como forma de incentivar e despertar nas crianças o gosto pela leitura.

Tanto os clássicos da literatura infantil quanto os livros somente ilustrados, proporcionaram o desenvolvimento do imaginário das crianças, bem como o aspecto cognitivo, desenvolvendo seu aprendizado em várias áreas da vida.

As histórias reportam valores morais e éticos, que levam o sujeito a repensar suas atitudes do cotidiano, numa reflexão que pode modificar sua ação, tornando-a melhor enquanto pessoa.

Segundo Humberto Eco – escritor, filósofo e linguista italiano – a literatura infantil traz sentido aos fatos que acontecem na vida, envolvendo as crianças. Dessa forma, "qualquer passeio pelos mundos ficcionais tem a mesma função de um brinquedo infantil.

As crianças brincam com a boneca, cavalinho de madeira ou pipa a fim de se familiarizar com as leis físicas do universo e com os atos que realizarão um dia".

Todos os anos a Internacional Board on Books for Young People, oferece o troféu “Hans Christian”, como sendo o prêmio Nobel desse gênero, algumas escritoras brasileiras já foram homenageadas, como Lygia Bojunga, no ano de 1982, e Ana Maria Machado, em 2000.


Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia


PRIMEIRO DE ABRIL DATA QUE CELEBRA O DIA DA ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO INDÍGENA



Alguns sites apresentam o dia 1o de abril de 1680 como o Dia da Abolição da Escravidão Indígena. Nesta data, o rei de Portugal publicou mais uma lei que acabava com o cativeiro dos índios no Brasil. Para o professor José Ribamar Bessa Freire, a lei foi mais uma "pegadinha" de 1º de abril e fez parte da luta entre colonos e jesuítas pelo controle da mão-de-obra nativa.
Para Bessa, do Programa de Estudo de Povos Indígenas da Uerj (Pró-Índio), a abolição da escravidão indígena ocorreu somente de forma definitiva depois, por iniciativa do marquês de Pombal. Primeiro, por lei de 6 de junho de 1755, válida para o Estado do Grão-Pará e Maranhão. Depois, em 1758, a medida foi ampliada por alvará para o Estado do Brasil.

DIA DA MENTIRA

Considerar a lei de 1680 como a da abolição da escravidão indígena é, no mínimo, um erro de leitura. Bessa explicou que o texto da lei proibia a escravização de novos índios, mas não libertava os cativos adquiridos antes de sua promulgação.
Por isso, para o professor, não pareceu ser por acaso que a lei tenha sido assinada no dia 1o de abril:
- Foi primeiro de abril, mesmo! Em primeiro lugar, a lei não entrou em vigência. Se entrasse, não acabava com a escravidão. Ela funcionava um pouco como a Lei do Ventre Livre. No ar.
O professor explicou que as idas e vindas da legislação, ao longo de todo século XVII, resultaram da luta entre jesuítas e colonos pelo controle da mão-de-obra indígena, tanto a que estava reunida nas repartições, quanto a que estava  aprisionada nas chamadas guerras justas.
Para Bessa, a participação dos jesuítas neste debate acabou levando o público em geral a ver os padres daquele período como defensores da liberdade indígena. Apesar das condições de trabalho nas propriedades das ordens serem bem superiores que nas dos colonos, não era verdade que as os religiosos estivessem lutando pela liberdade dos nativos, como declarou o professor:
- Na verdade, o que (o padre Antônio) Vieira estava pedindo (com a lei de 1680) não era a liberdade dos índios. Era o controle dos jesuítas sobre os chamados índios livres. Tanto que, quando saiu o regimento do resgate, os jesuítas passaram a fazer parte de suas tropas. Isso caracteriza bem que, na verdade, eles não estavam lutando pela libertação dos indígenas.

Os nativos sob controle dos jesuítas, bem como de outras ordens religiosas, seriam empregados em suas propriedades, gerando recursos para financiar as atividades da Companhia de Jesus.
O professor explica que no Grão-Pará, como em outras partes da colônia, a posse de terra não significava nada. O importante era ter a mão-de-obra necessária para torná-la produtiva.

MALANDRAGEM DE POMBAL

Tampouco a legislação pombalina foi movida por razões humanitárias, destaca o professor. Autor do livro Rio Babel: a História das Línguas na Amazônia (2004), ele está à vontade para falar sobre as reais motivações do controverso marquês.
Ao aprovar uma lei que libertava e igualava os índios aos portugueses, o objetivo de Pombal era angariar a simpatia das populações nativas da Bacia Amazônica em razão da assinatura, em 1750, do Tratado de Madri, que revogou Tordesilhas (1494).
No tratado foi estabelecido que os limites entre Portugal e Espanha na América do Sul seriam fixados segundo o princípio do uti possidetis, ou seja, a terra seria daquele que já a ocupasse e sobre a qual não houvesse acordo estabelecendo limite anterior.
O problema para os portugueses, como observou Bessa, era que naquela época havia apenas cerca de mil portugueses em toda a região.
Em vista disso, um dos critérios usados pela comissão demarcadora do tratado para saber onde terminava a área sob ocupação portuguesa e começava a espanhola era se os habitantes locais falavam a língua geral. Esta era a língua usada pelos portugueses para "civilizar" a América. Ela era o resultado da sistematização do tupinambá pelos jesuítas ainda no século XVI. No Estado do Grão-Pará e no resto da colônia teve o status de língua oficial.
O professor observa que depois da lei de 1755, a escravidão indígena nunca mais foi legalmente reinstalada no Brasil. O mesmo não ocorreu com a exploração do trabalho compulsório dos índios.

TIRO N'ÁGUA

Ao considerar a possibilidade da vinda de mão-de-obra livre da Europa ou em regime de semisservidão, como ocorreu nos EUA, Jacob Gorender observou, em Escravismo Colonial, que esses trabalhadores não seriam capazes de mover a cultura agroexportadora monopolista que os portugueses implantaram na América. A razão disso é que, ao contrário dos escravos - africanos ou não -, nada impediria que trabalhadores livres procurassem terras para explorarem por conta própria, ao invés de se sujeitarem aos grandes proprietários, como ocorreu com os europeus que imigraram para o Brasil no início do século XX. No segundo caso, dos servos temporários, uma vez terminado o tempo do contrato, eles também estariam livres para procurar novas terras, como ocorreu no Nordeste dos EUA.

Como observou o professor Bessa, os índios da região amazônica não se comportaram de outra forma. Ao serem legalmente igualados aos portugueses, em 1755, eles logo tentaram voltar ao seu antigo modo de vida ao abandonarem as aldeias e vilas criadas com o propósito de estabelecer a ocupação portuguesa da região. O resultado foi uma crise na economia local pela falta de mão-de-obra, como observou o professor.

A solução para a crise veio em 1757, com a criação do Diretório Pombalino, que reinstaurava o trabalho compulsório. Os índios deveriam ser reunidos nas aldeias e ficarem sob controle de cidadão de ilibada reputação, o diretor, escolhido entre os colonos.

Nada mais longe da realidade. Segundo Bessa, o naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira observou que os diretores de índios eram facínoras, bandidos e assassinos, sendo cada um deles um fidalguete. Ferreira participou de uma missão científica que percorreu 39 mil quilômetros na região entre 1785 e 1792.


MATÉRIA: LEONARDO SOARES QUIRINO DA SILVA

Fonte: http://www.educacaopublica.rj.gov.br/