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Credito: Thomas Rangel |
O artista Djavan comemora mais
uma data especial, nessa edição o homenageamos contando um pouco da sua
historia: VEJA SUA BIOGRAFIA:
Djavan
poderia ter sido jogador de futebol. Lá pelos 11, 12 anos, o garoto Djavan
Caetano Viana divide seu tempo e sua paixão entre o jogo de bola nas várzeas de
Maceió e o equipamento de som quadrifônico da casa de Dr. Ismar Gatto, pai de
um amigo de escola.
Da
primeira paixão, despontava como talentoso meio-campo no time do CSA, onde
poderia ter feito tranquilamente carreira profissional. Mas é na viagem sonora
pela coleção de discos do Dr. Ismar - que para o pequeno alagoano parecia
conter toda a música do mundo - que desponta um artista: o compositor, cantor,
violonista e arranjador Djavan.
Nascido
em 27 de janeiro de 1949, em família pobre, aprende violão sozinho nas
deficientes cifras de revistas do jornaleiro.
Aos 18, já anima bailes da cidade com o conjunto Luz, Som, Dimensão
(LSD). Não demora a ter certeza: precisa compor.
Aos
23, chega ao Rio de Janeiro para tentar a sorte no mercado musical. É crooner de boates famosas - Number One e
706. Com a ajuda de Edson Mauro, radialista e conterrâneo, conhece João Mello,
produtor da Som Livre, que o leva para a TV Globo. Passa a cantar trilhas
sonoras de novelas, para as quais grava músicas de compositores consagrados
como Dori Caymmi, Toquinho e Vinícius e Paulo e Marcos Sérgio Valle.
Em
três anos, nas horas vagas do microfone, compõe mais de 60 músicas, de variados
gêneros. Com uma delas, "Fato
Consumado", tira segundo lugar no Festival Abertura, realizado pela TV
Globo em 1975, e chega ao estúdio da Som Livre. De lá sai com seu primeiro
disco, das mãos do mítico produtor Aloysio de Oliveira (o mesmo de Carmen
Miranda a Tom Jobim). Seria apenas o
primeiro de uma longa discografia, que colocou Djavan definitivamente entre os
maiores e mais influentes artistas da música brasileira.
1976
- "A voz, o violão, a música de Djavan"
Um
disco de samba sacudido, sincopado e diferente de tudo que se fazia na época.
Visto hoje, este trabalho não marca apenas a estreia de Djavan: Torna-o figura
incontornável na história da música brasileira.
1978
– “Djavan”
Empolgada
com seu novo artista, a EMI-Odeon investe pesado neste segundo disco. Com uma
orquestra dos melhores músicos da praça da época, o álbum, marcado pela
descoberta das grandes canções de amor e desamor, consagra-o como um compositor
completo.
1980
- "Alumbramento"
Djavan
lança seu terceiro disco e mostra que,além de completo, dialoga bem com seus
pares. Nele, inaugura parcerias com Aldir Blanc, Cacaso e Chico Buarque, agora
definitivamente colegas de primeiro time da MPB. A esta altura, talento reconhecido por
crítica e público, Djavan vê algumas de suas músicas ganharem outras vozes:
Nana Caymmi grava "Dupla traição", Maria Bethânia, “Álibi, Roberto
Carlos, “A ilha”, Gal Costa, “Açaí"
e “Faltando um pedaço” e Caetano Veloso, retribuindo a homenagem do
verbo caetanear, substitui por djavanear em sua versão de "Sina".
1981
– “Seduzir”
O
álbum marca o fim do ciclo vitorioso de lançamentos pela EMI-Odeon. Um disco de
afirmação, como o próprio Djavan escreveria em seu encarte: "O pouco que
aprendi está aqui. Pleno. Dos pés à cabeça".
Heranças
de "Seduzir" são a primeira banda própria, Sururu de Capote, composta
por Luiz Avellar no piano, Sizão Machado no baixo, Téo Lima como baterista e Zé
Nogueira nos sopros. Também as tranças no cabelo, imagem que o caracterizaria
vida afora, as primeiras canções a falar da África e o início das turnês pelo
Brasil, guiadas pela produtora Monique Gardenberg e o diretor Paulinho
Albuquerque. Neste ano, leva o prêmio de melhor compositor pela Associação
Paulista dos Críticos de Arte: feito que se repetiria no ano seguinte, 1982.
1982
- "Luz"
Neste
ano a música "Flor-de-lis", hit
instantâneo do disco inaugural, torna-se o primeiro sucesso de Djavan no
disputado mercado americano, na voz da diva Carmen McRae, com o título de
"Upside Down". A convite da gravadora CBS (futura Sony Music), Djavan
embarca para Los Angeles para gravar sob a produção de Ronnie Foster, um dos
principais da soul music americana. O trabalho resulta em uma mescla da
musicalidade brasileira típica de se exportar com a influência jazzy americana.
1984-
"Lilás"
Ainda
em Los Angeles, Djavan grava este segundo disco e daí seguem-se dois anos de
viagens em turnê pelo mundo.
1986
- "Meu lado"
Djavan
volta a gravar no Brasil. Além do retorno, é também um recomeço e volta ao
samba já com estilo musical identificado pelo público, mas também um passeio
por baiões, canções e baladas. Este é o Djavan em dez anos de carreira:
explorador do som das palavras, das imagens inusitadas, da variedade rítmica,
das brincadeiras com andamentos, melodias fora dos padrões e riqueza harmônica.
Presente em outras canções, a ancestralidade africana está impressa em
"Meu lado", com o "Hino da Juventude Negra da África do
Sul".
1987
– “Não é azul, mas é mar”
É
com ainda maior vigor que Djavan volta ao tema da ancestralidade africana, na
canção "Soweto", sua primeira efetivamente de protesto e que abre o
presente álbum.
1989
– “Djavan”
O
disco é e deve ser lembrado como “aquele de 'Oceano'”, o clássico. Uma daquelas
raras canções perfeitas em forma, conteúdo, música e letra.
1992
– “Coisa de Acender”
Com
a fusão de ritmos e harmonias inovadoras, neste disco voltam as parcerias,
entre elas, com a filha Flávia Virginia, no vocal em várias faixas.
1994
– “Novena”
Aos
45 anos de vida e 20 de carreira, Djavan lança a obra marca de sua maturidade.
Inteiramente composto, produzido e arranjado por ele, o disco consolida o
trabalho com sua banda, composta então por Paulo Calazans no teclado, Marcelo
Mariano ou Arthur Maia, baixo, Carlos Bala na bateria e Marcelo Martins,
sopros.
1996
- "Malásia"
Aqui
a banda de Djavan se expande e ganha a participação do naipe de metais:
Marçalzinho na percussão, Walmir Gil no trompete e François Lima no trombone. O
álbum traz três raras faixas de outros compositores: “Coração leviano”, de
Paulinho da Viola, “Sorri”, versão de Braguinha para “Smile”, de Chaplin e
“Correnteza”, de Tom Jobim e Luiz Bonfá. No disco, Djavan está reflexivo e
melódico.
1998
- "BichoSolto"
Dois
anos depois, ouvimos um Djavan festivo e dançante, incendiando pistas ao ritmo
do funk. Junto de “Malásia”, este disco comemora seus 20 de carreira: o
primeiro com seu estilo pessoal, o segundo, com o rejuvenescimento e
atualização do artista. Entre as parcerias, a entrada definitiva do guitarrista
Max Viana, seu filho, na banda.
1999
– “Ao Vivo”
A
marca de dois milhões de cópias vendidas fica a cargo deste disco duplo, o
primeiro gravado fora dos estúdios. O registro traz quase uma antologia de sua obra,
com 24 faixas (22 grandes sucessos) e o lançamento leva Djavan a três anos de
turnê.
2001
- "Milagreiro”
É
uma dupla volta para casa. O primeiro gravado integralmente em seu estúdio
caseiro (com a ajuda dos filhos Max e João Viana e Flávia Virginia) e um
retorno à casa original, Alagoas, com a onipresente temática nordestina.
2004
– “Vaidade”
O
músico comemora independência total, com a criação de sua própria gravadora, a
Luanda Records.
2005
– “Na Pista”
Djavan
lança seu segundo disco pela Luanda Records, novas gravações de sucessos e
canções que ele estima em versões modernas e dançantes, com produção de
Liminha.
2007
– “Matizes”
Estes
três álbuns são resultado do surgimento do empresário Djavan Caetano
Viana. Mas o que será que o empresário Djavan
quer do artista Djavan? Que este vá do suingue ao blues, trafegue pelas baladas
e por sua personalíssima forma de fazer samba, mantendo sempre sua
característica mão direita ao violão, inspirado na vida cotidiana para
enriquecer suas letras. E que continue na busca constante por caminhos que
renovem sua forma de fazer música.
2010
– “Ária”
O
aguardado álbum explicita um desses novos caminhos. É o primeiro a trazer
Djavan exclusivamente como interprete de outros compositores. Sempre rigoroso
na condução de sua carreira, ele aguardou o auge da maturidade vocal para se
debruçar sobre um repertório escolhido entre a sua memória afetiva e suas
antenas sempre ligadas para o que é musical e interessante. O resultado é a
reinvenção de canções clássicas, a descoberta de tesouros escondidos e o prêmio
de melhor álbum de música popular brasileira do Grammy Latino 2001. Ainda como
fruto deste trabalho, o DVD “Ária ao Vivo” foi o primeiro Blu Ray lançado deste
produto, pela Luanda Records.
2012
– “Rua dos Amores”
Após
quatro anos sem deliberadamente compor nada – além do intenso envolvimento com
“Ária”- Djavan nos presenteia com este novo disco. Passeando pelos ritmos e
sonoridades brasileiras como quem atravessa a rua onde nasceu, cresceu e se
criou, o autor assina letras e melodias das 13 novas canções, fez todos os
arranjos e é o produtor do CD.
"Rua
dos amores" é um disco de canções de amor, ponto. E canções as mais
diversas possíveis, na forma e no conteúdo. Ouvi-las é passear por essa
diversidade, sem perda de um estilo único jamais.
Com
os ouvidos e a empolgação daquele garoto de Maceió que um dia largou a bola
pela música.
Hugo
Sukman
ACESSE MAIS INFORMAÇÕES PELO SITE:
http://www.djavan.com.br/site/
ta linda a matéria , ai não deu trabalho deu prazer rs
ResponderExcluirescutar Djavan é lembrar do querido amigo que já parece com suas canções .