“Rui
Barbosa de Oliveira, político e jurisconsulto, nasceu em Salvador, Bahia, em 5
de novembro de 1849. Bacharelou-se em 1870 pela Faculdade de Direito de São
Paulo. No início da carreira na Bahia, engajou-se numa campanha em defesa das
eleições diretas e da abolição da escravatura. Foi político relevante na
República Velha, ganhando projeção internacional durante a Conferência da Paz
em Haia (1907), defendendo com brilho a teoria brasileira de igualdade entre as
nações. Eleito deputado provincial, e adiante geral, atuou na elaboração da
reforma eleitoral, na reforma do ensino, emancipação dos escravos, no apoio ao
federalismo e na nova Constituição. Por divergências políticas, seu programa de
reformas eleitorais que elaborou, mal pode ser iniciado, em 1891. Em 1916,
designado pelo então presidente Venceslau Brás, representou o Brasil centenário
de independência da Argentina, discursando na Faculdade de Direito de Buenos
Aires sobre o conceito jurídico de neutralidade. O discurso causaria a ruptura
definitiva das relações do Brasil com a Alemanha. Apesar disso, recusaria, três
anos depois, o convite para chefiar a delegação brasileira à Conferência de Paz
em Versalhes. Com seu enorme prestígio, Rui Barbosa candidatou-se duas vezes ao
cargo de Presidente da República - nas eleições de 1910, contra Hermes da
Fonseca e 1919, contra Epitácio Pessoa - entretanto, foi derrotado em ambas,
sendo o período durante a primeira candidatura o marco inicial e sua Campanha
Civilista. Como jornalista, escreveu para diversos jornais, principalmente para
A Imprensa, Jornal do Brasil e o Diário de Notícias, jornal o qual presidia.
Sua extensa bibliografia recolhida em mais de 100 volumes, reúne artigos,
discursos, conferências EE. questões políticas de toda uma vida. Sócio fundador
da Academia Brasileira de Letras sucedeu a Machado de Assis na presidência da
casa. Sua vasta biblioteca, com mais de 50.000 títulos pertence à Fundação Casa
de Rui Barbosa, localizada em sua própria antiga residência no Rio de Janeiro.
Rui Barbosa faleceu em Petrópolis, no Rio de Janeiro, em 1923.”
A língua nacional
tem, desde 2006, data comemorativa no Brasil
Através
da Lei nº 11.310, de 12 de junho de 2006, o presidente Luís Inácio Lula da
Silva sancionou o projeto de lei do Senado n. 149/04, de autoria do Senador
Papaléo Paes (AP) que institui o dia 5 de novembro como Dia Nacional da Língua
Portuguesa no Brasil. Essa
data não foi escolhida ao acaso. 5 de novembro é o dia do aniversário de
nascimento de Rui Barbosa, um dos mais ferrenhos defensores da língua
portuguesa no Brasil.
Ao
sancionar a lei, de iniciativa daquele Senador da bancada do PSDB pelo Amapá, o
Presidente Luís Inácio Lula da Silva declarou que a intenção era a de valorizar
e preservar a língua portuguesa como “importante laço de consolidação da
unidade nacional".
A
lei foi publicada no Diário Oficial da União no dia 13 de junho de 2006 (nesse
mesmo dia - 13 de junho - também é comemorado o aniversário da cidade paulista
de Macatuba, onde está localizada a sede desta organização Patriotismo).
Instituído o Dia
Nacional da Língua Portuguesa
O
senador do PSDB (Amapá) Papaléo Paes apresentou um projeto em Plenário, em
vigor desde junho de 2006, definindo o dia 05 de novembro como o Dia Nacional
da Língua Portuguesa . A data foi escolhida por ser aniversário de nascimento
de Rui Barbosa, "grande defensor do idioma, que o empregou com maestria na
abolição da escravatura e na proclamação da República".
Este
ano de 2006 é a primeira vez que houve uma comemoração da data. “Nossa língua é
o elemento central do patrimônio cultural brasileiro. A melhor forma de
protegê-la consiste em uma atitude afirmativa, que promova e divulgue as suas
incontáveis riquezas” afirmou o senador.
De
acordo com o senador o projeto é uma idéia do professor Raimundo Pantoja Lobo,
do Amapá. Segundo ele, diversos projetos no Congresso visam defender o idioma
que é constantemente ameaçado principalmente pela forte influência do inglês.
Papaléo Paes disse que a iniciativa acontece em outros países também, tentando
contrabalançar a presença do inglês.
O
idioma português é falado por cerca de 200 milhões de pessoas no mundo, em oito
países: Brasil, Portugal, Angola, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e
Príncipe, Cabo Verde e Timor Leste.
Mas
para o senador, o Brasil tem uma responsabilidade maior sobre o futuro do
português pelo tamanho de sua população e por sua importância
político-econômica e geoestratégica. Relembrou ainda a citação do professor
Carlos Reis, pesquisador da Universidade de Coimbra, em que afirmou que “o
futuro da Língua Portuguesa é aquele que o Brasil quiser”.
FONTE DA MATÉRIA SITE:
A CRISE DA LÍNGUA PORTUGUESA
ResponderExcluirA nossa Língua Portuguesa está morrendo aos poucos. Se continuar acontecendo e crescendo a atual avalanche de desvalorização deste patrimônio, que é uma das nossas principais identificações como brasileiros, certamente dentro de vinte anos, aproximadamente, não teremos mais a nossa Língua Mater. Poderá acontecer o mesmo trágico destino que teve as Línguas Hebraica, Aramaica. Estas línguas já tiveram uma grande importância mundial, em épocas passadas, e entraram em decadência após invasões que outros países fizeram no Oriente Médio: a tática mais eficiente para dominar um povo é enfraquecer e destruir a sua cultura linguística!
O Brasil faz fronteiras com muitos países de Língua Espanhola; no comércio, indústria, cultura e educação recebe uma forte influência das Línguas Inglesa, Francesa, Espanhola e Italiana. Atualmente, até as novelas brasileiras que eram exibidas no exterior, em Português, já estão sendo traduzidas para outros idiomas! Os livros técnicos e científicos, que ao chegarem no Brasil eram traduzidos para o nosso idioma, não estão mais disponíveis na Língua Portuguesa!
O nosso país não está tendo o zelo que merece a nossa Língua Portuguesa, que é uma herança inestimável deixada pela Comunidade Lusa. É comum, hoje, encontrarmos jornais, revistas, livros e outros meios de comunicação escrevendo e falando errado. Está cada vez mais difícil a pessoa se livrar dos “vírus” que diariamente atacam o nosso idioma! Segundo a Constituição da República Federativa do Brasil – 1988 – a educação brasileira “... será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade...”. Infelizmente grandes partes dos nossos meios de comunicação social estão exercendo um papel antipatriótico sob o falso argumento de “modernidade”. Até nas salas de aula diminuiu o interesse dos alunos pelo estudo da Língua Portuguesa (Gramática, Literatura, Redação): uma das ideologias repetidas por muitos que já estão massificados é a de que a Língua Inglesa tem mais importância e quem não a souber, daqui a dez anos, vai ser considerado analfabeto.
Não sou contra o brasileiro estudar qualquer língua moderna. Porém, a nossa querida Língua Portuguesa tem que vir em primeiro lugar, porque representa a base da Unidade Nacional e uma das colunas da Soberania do Brasil. O Cantor e Compositor baiano, Caetano Veloso, tem razão: “Minha língua é minha pátria”.
Castanhal, Pará, 16 de Março de 1998.
Professor Eugenio Bartolomeu Costa Ferraz
- Especialista em Educação diplomado pela UFPA - Escritor.
Suplente de Vereador - Partido Verde.
Blog: http://defesadavidahumana.blogspot.com
E-mail: ebcferraz@hotmail.com
(Este texto está no Capítulo 04, do livro de minha autoria CAMINHANDO COM O POVO, 1ª edição 2002 e 2ª edição 2003, lançado em Castanhal, Pará).