O
ex-presidente João Goulart, morto no exílio em 1976, foi homenageado nesta
quinta-feira em uma cerimônia com honras de chefe de Estado em Brasília. A
presidente Dilma Rousseff e a viúva de Jango, Maria Teresa Fontella Goulart,
acompanharam a celebração lado a lado.
O
evento foi marcado pela emoção de parentes e amigos do ex-presidente. O corpo
de Jango, que estava sepultado em São Borja (RS), foi exumado na quarta-feira e
enviado a Brasília.
O
ex-presidente vivia em Mercedes, na Argentina, e morreu em 6 de dezembro de
1976, supostamente devido a um ataque cardíaco. Jango foi sepultado em São
Borja, sua terra natal, e não teve direito às honrarias por parte da ditadura
militar.
Os
restos mortais do ex-presidente serão exumados para esclarecer a causa de sua
morte, já que a família tem suspeitas de que ele teria sido assassinado.
Restos mortais de
Jango serão periciados em Brasília
Os
restos mortais de Jango chegaram a Brasília no fim da manhã desta quinta-feira.
O material passará por análise pericial para apurar a suspeita de assassinato
por envenenamento.
A
chegada da urna com os restos mortais contou com uma cerimônia fúnebre com
honras militares e todo o cerimonial voltado a chefes de Estado. O corpo foi
recebido pela presidente Dilma Rousseff e os ex-presidentes José Sarney,
Fernando Collor e Luiz Inácio Lula da Silva. Fernando Henrique Cardoso se
ausentou por estar passando por um tratamento contra diverticulite.
Os
restos mortais de Jango foram exumados na última quarta-feira na cidade de São
Borja (RS). Após a cerimônia, eles serão enviados ao Instituto Nacional de
Criminalística, da Polícia Federal, que buscará vestígios de envenenamento. Os
restos mortais do ex-presidente retornam à cidade gaúcha no dia 6 de dezembro,
data de sua morte.
A
apuração é um pedido da Comissão Nacional da Verdade, colegiado incumbido de
investigar violações de crimes contra direitos humanos entre 1946 a 1988,
período que compreende a ditadura militar (1964-1985). Existe uma suspeita de que João Goulart teria
sido assassinado por envenenamento em 1976, quando estava exilado na Argentina.
A
ação poderia ter sido executada por agentes uruguaios no âmbito da Operação
Condor, uma aliança entre os regimes militares sul-americanos, a pedido do
governo brasileiro.
A
solenidade de recepção aos restos mortais de Jango contou com salva de 21 tiros
de canhão, execução do Hino Nacional e da marcha fúnebre. O corpo foi
transportado em aeronave da Força Aérea Brasileira. A cerimônia foi reservada a
um grupo de 150 convidados e acontece na Base Aérea de Brasília.
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