quarta-feira, 9 de outubro de 2013

QUARENTA E DOIS ANOS SE PASSARAM E CHE GUEVARA AINDA VIVE COM SEUS PENSAMENTOS E IDEOLOGIAS

Dia 8 de outubro marca aniversário da morte do ícone da rebeldia e da revolução da América Latina.


Guevara foi uma criança levada, mas um aluno brilhante, sempre se destacava entre seus amigos pelo jeito de líder. Reprodução Diário de Che Guevara Ernesto Guevara de la Serna nasceu na Argentina em 14 de maio de 1928 às 3h15 da manhã, na cidade de Rosário, mas foi registrado um mês após no mesmo dia e na mesma hora. Isso porque sua mãe Célia de la Serna casou-se grávida de três meses e Ernesto foi tido como prematuro de 7 meses. 





Ernestito, como era chamado, nunca soube disso. Aos dois anos de idade contraiu asma crônica, doença que o seguiu por toda a vida. Seu pai, Ernesto Guevara Lynch, era bisneto de um dos homens mais ricos da América do Sul. Estudou arquitetura e engenharia abandonando antes de se formar para fazer sua própria fortuna com a herança deixada pelo pai. Célia, sua mulher, estudou em um colégio católico da elite Argentina, autêntica sangue azul da nobreza espanhola, órfã de pai e mãe desde cedo, herdou uma boa fortuna aos 21 anos. Ernestito foi o primogênito mas o casal teve ainda mais 3 filhos. Ele herdou da mãe a cultura e a intrepidez que fez dele um líder. Sua mãe foi a primeira a dirigir o próprio carro, a usar calças compridas e a fumar cigarros, coisas que para época eram desafios às normas da sociedade. Ernesto foi uma criança levada e, apesar da doença, nada o impedia de sempre fazer o que queria. Estudioso, adorava história, filosofia e desde jovem lia Marx. Por toda sua vida levou o hábito de escrever em diários. Bom aluno e bom amigo cresceu numa boa casa em Alto Gracia, na Argentina. Seus amigos eram meninos pobres que moravam na favela. Daí talvez ele pegou o jeito desleixado de andar. Decidiu fazer medicina após a doença da avó mas não chegou a se formar na Universidade de Buenos Aires. Iniciou especialização em alergia, provavelmente para estudar e entender sua doença. Graças às viagens que fez em companhia do seu amigo Alberto Granado, conheceu as misérias da América Latina e resolveu iniciar uma nova carreira, a de guerrilheiro.



DIA 08 DE OUTUBRO DATA DA MORTE DE CHE GUEVARA É COMEMORADO DIA DO GUERRILHEIRO  

Homem de personalidade forte, orador inteligente, hábil estrategista e, acima de tudo, extremamente voluntarioso e decidido. Não se adaptou à burocracia castrista e, em 1965, deixou o cargo de ministro da Economia de Cuba porque "outros países do mundo clamavam por revoluções". Na Bolívia isolado em território desconhecido e sem apoio do partido comunista local, foi perseguido pelo exército e levado para o povoado de La Higuera, onde foi assassinado no dia seguinte. Depois de intenso tiroteio, com sua arma avariada e com a perna ferida por uma bala, Che Guevara rendeu-se. Naquelas alturas a aparência dele era assustadora. Parecia um mendigo, magro, sujo e esfarrapado. Levaram-no para um casebre em La Higuera que servia como escola rural. Lá, ele tinha a companhia dos cadáveres de dois jovens guerrilheiros cubanos, com quem passou sua última noite. Foi interrogado pelo tenente André Selich, quem arrancou de Che a frase "eu fracassei, está tudo terminado e é por essa razão que me vê neste estado". Depois de muitas tentativas de interrogatório também do Coronel Joaquin Zenteno Anaya e do agente cubano-americano da CIA, Félix Rodrigues, chega então pelo rádio, ao meio-dia e meia, a ordem final do general René Barrientos, do alto comando boliviano de La Paz, que segundo Selich era "proceder a eliminação do Senhor Guevara". Apesar de nenhum deles concordarem com a execução, pois Che valia muito mais vivo do que morto, para o expor derrotado e exigir de Cuba uma indenização para cobrir os gastos deixados pelas guerrilhas e colaborar com os familiares de bolivianos mortos. Mas, a ordem teve de ser cumprida. Mário Terán o homen que executou Che disse que as últimas palavras dele foram “É melhor assim (...). Eu nunca deveria ter sido capturado vivo."


A única ordem dada a Terán sobre a execução foi de livrar o rosto e que só atirasse do pescoço para baixo. Terán puxou o gatilho e atirou nos braços e nas pernas e enquanto Che se contorcia de dor e mordia os pulsos na tentativa de evitar gritar, uma outra rajada foi disparada. A bala fatal penetrou no tórax de Che, eram 13h10, quando Rodriguez olhou no relógio ao ouvir o último disparo. Che morre no dia 09 de outubro de 1967 aos 39 anos de idade, com 11 tiros. Che foi jogado no concreto de uma lavanderia com a cabeça apoiada na pia e os olhos abertos. Dois dias depois jogaram seu corpo com as mãos decapitadas numa cova secreta próximo a Vallegrande. Ele e mais sete outros foram enterrados nesse lugar num segredo que duraria quase três décadas. O exército boliviano temia que se o sepultassem seu túmulo virasse centro turístico devido à fama que Guevara tinha na América Latina.






Desde então, o dia 8 de outubro é o "Dia do Guerrilheiro Heróico" na ilha de Cuba, durante o qual são prestadas homenagens a Che Guevara.


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