Dia
8 de outubro marca aniversário da morte do ícone da rebeldia e da revolução da
América Latina.
Guevara
foi uma criança levada, mas um aluno brilhante, sempre se destacava entre seus
amigos pelo jeito de líder. Reprodução Diário de Che Guevara Ernesto Guevara de
la Serna nasceu na Argentina em 14 de maio de 1928 às 3h15 da manhã, na cidade
de Rosário, mas foi registrado um mês após no mesmo dia e na mesma hora. Isso
porque sua mãe Célia de la Serna casou-se grávida de três meses e Ernesto foi
tido como prematuro de 7 meses.
Ernestito, como era chamado, nunca soube disso.
Aos dois anos de idade contraiu asma crônica, doença que o seguiu por toda a
vida. Seu pai, Ernesto Guevara Lynch, era bisneto de um dos homens mais ricos
da América do Sul. Estudou arquitetura e engenharia abandonando antes de se
formar para fazer sua própria fortuna com a herança deixada pelo pai. Célia,
sua mulher, estudou em um colégio católico da elite Argentina, autêntica sangue
azul da nobreza espanhola, órfã de pai e mãe desde cedo, herdou uma boa fortuna
aos 21 anos. Ernestito foi o primogênito mas o casal teve ainda mais 3 filhos.
Ele herdou da mãe a cultura e a intrepidez que fez dele um líder. Sua mãe foi a
primeira a dirigir o próprio carro, a usar calças compridas e a fumar cigarros,
coisas que para época eram desafios às normas da sociedade. Ernesto foi uma
criança levada e, apesar da doença, nada o impedia de sempre fazer o que
queria. Estudioso, adorava história, filosofia e desde jovem lia Marx. Por toda
sua vida levou o hábito de escrever em diários. Bom aluno e bom amigo cresceu
numa boa casa em Alto Gracia, na Argentina. Seus amigos eram meninos pobres que
moravam na favela. Daí talvez ele pegou o jeito desleixado de andar. Decidiu
fazer medicina após a doença da avó mas não chegou a se formar na Universidade
de Buenos Aires. Iniciou especialização em alergia, provavelmente para estudar
e entender sua doença. Graças às viagens que fez em companhia do seu amigo
Alberto Granado, conheceu as misérias da América Latina e resolveu iniciar uma
nova carreira, a de guerrilheiro.
DIA 08 DE OUTUBRO DATA DA MORTE DE CHE GUEVARA É COMEMORADO DIA DO GUERRILHEIRO
Homem
de personalidade forte, orador inteligente, hábil estrategista e, acima de
tudo, extremamente voluntarioso e decidido. Não se adaptou à burocracia
castrista e, em 1965, deixou o cargo de ministro da Economia de Cuba porque
"outros países do mundo clamavam por revoluções". Na Bolívia isolado
em território desconhecido e sem apoio do partido comunista local, foi
perseguido pelo exército e levado para o povoado de La Higuera, onde foi
assassinado no dia seguinte. Depois
de intenso tiroteio, com sua arma avariada e com a perna ferida por uma bala, Che
Guevara rendeu-se. Naquelas alturas a aparência dele era assustadora. Parecia
um mendigo, magro, sujo e esfarrapado. Levaram-no para um casebre em La Higuera
que servia como escola rural. Lá, ele tinha a companhia dos cadáveres de dois
jovens guerrilheiros cubanos, com quem passou sua última noite. Foi
interrogado pelo tenente André Selich, quem arrancou de Che a frase "eu
fracassei, está tudo terminado e é por essa razão que me vê neste estado".
Depois de muitas tentativas de interrogatório também do Coronel Joaquin Zenteno
Anaya e do agente cubano-americano da CIA, Félix Rodrigues, chega então pelo
rádio, ao meio-dia e meia, a ordem final do general René Barrientos, do alto
comando boliviano de La Paz, que segundo Selich era "proceder a eliminação
do Senhor Guevara". Apesar
de nenhum deles concordarem com a execução, pois Che valia muito mais vivo do
que morto, para o expor derrotado e exigir de Cuba uma indenização para cobrir
os gastos deixados pelas guerrilhas e colaborar com os familiares de bolivianos
mortos. Mas, a ordem teve de ser cumprida. Mário Terán o homen que executou Che
disse que as últimas palavras dele foram “É melhor assim (...). Eu nunca
deveria ter sido capturado vivo."
A
única ordem dada a Terán sobre a execução foi de livrar o rosto e que só
atirasse do pescoço para baixo. Terán puxou o gatilho e atirou nos braços e nas
pernas e enquanto Che se contorcia de dor e mordia os pulsos na tentativa de
evitar gritar, uma outra rajada foi disparada. A bala fatal penetrou no tórax
de Che, eram 13h10, quando Rodriguez olhou no relógio ao ouvir o último
disparo. Che morre no dia 09 de outubro de 1967 aos 39 anos de idade, com 11
tiros. Che
foi jogado no concreto de uma lavanderia com a cabeça apoiada na pia e os olhos
abertos. Dois dias depois jogaram seu corpo com as mãos decapitadas numa cova
secreta próximo a Vallegrande. Ele e mais sete outros foram enterrados nesse
lugar num segredo que duraria quase três décadas. O exército boliviano temia
que se o sepultassem seu túmulo virasse centro turístico devido à fama que
Guevara tinha na América Latina.
Desde
então, o dia 8 de outubro é o "Dia do Guerrilheiro Heróico" na ilha
de Cuba, durante o qual são prestadas homenagens a Che Guevara.
OUTRAS FOTOS
Nenhum comentário:
Postar um comentário